Naima

Naquele lugar, um pedacinho de mim ficou...

Tantos pensamentos e ações,

Tantas pessoas contemplavam-me,

Como se eu desfilasse nos corredores e escadarias.

Com todo meu orgulho,

tropecei na fragilidade do meu ser...

A fraqueza da minha autoestima,

Edificada num silêncio apelador!

Mas quem viu todo o esplendor do

meu comando?

Quem se lembrará dos meus pés,

adornados por belos sapatos?

Ou quem trará a superfície,

á lembranças das minhas belas roupas?

Afinal... onde aqueles anos esconderam-se?

Onde terão escondendo-se todas as minhas

memórias?

Apenas uma vez... sonhei com liderança...

Usei o poder!

Perdi-me nos erros e controvérsias de líder...

Coloquei-me como espinho... expus todas

as frustrações da minha alma estéril!

Vi-me cheia de opulência,

arrastando a dor e o desconforto...

Mas onde estará todo esse tempo?

Todo esse fardo?

Alguém se preocupou em guarda-los?

Talvez alguém tenha guardado!

Certamente alguém guardará!

A expressão do vazio em minha face rubra!

Ou talvez por causa da minha solidão...

o chão e teto emergiram-se...anunciando a minha presença.

Mesmo assim, isto estará por um tempo em meu coração...

Algo perturbará, tentando entender...

Entender o meu prazer do desdobrar das trevas,

Povoando a cova dos Lobos...

Moldando o jogo dos enganos...

Respirando a opressão daquele lugar!