A Menina dos Teus Olhos

Não sei se ainda sou a menina dos teus olhos!

Corri muitos dias... Meses e anos da tua presença...

Construir castelos e sonhos alheios...

E o vento desfez.

Soprando as cinzas.

Vestida de Fênix renasci,

Mergulhada na gota d’água!

Mirei longe os teus olhos...

Quando meus!

Os teus olhos quando nos meus,

Despiam a alma e confessavam emoção!

Sentei no tempo a me perguntar:

Ainda serei a menina dos teus olhos?

Se vivem os sonhos ainda dourados,

Por certo nunca envelheceram.

Se o sentimento grita das entranhas,

Entrego-me então...

Dou-me por vencida!

Que venha cumprir o agora,

E sem demora... sem espera.

Quero ver e viver esse encontro,

Deixar-me estar nua e sedenta,

Embriagada na insaciável sede de amar!

Amor... que venceu ventos e tempestades,

E nem mesmo as muitas águas

Puderam-no afogar!